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CICLOS DE IMIGRAÇÃO

CICLOS DE IMIGRAÇÃO

CICLOS DE IMIGRAÇÃO PORTUGUESA

CARACTERISTICAS

 

Podemos dividir os portugueses em três grupos de imigração pós 1822:

 

PRIMEIRO GRUPO: Jovens do sexo masculino, já com contados com amigos ou familiares, que vinham com o objetivo de se estabelecer;

SEGUNDO GRUPO: Artesões com experiência em alguma profissão, já mais adultos, alguns casados, e que após algum tempo no Brasil decidiam por voltar a Portugal;

TERCEIRO GRUPO: Vai se caracterizar pela vinda de famílias inteiras, fugindo da crise econômica que Portugal se encontrava;

 

DESTAQUES:

- A região do Minho era a mais importante área portuguesa de imigração para o Brasil;

- A imigração da Ilha da Madeira foi particularmente muito importante para o desenvolvimento do porto de Santos.

- A partir do século XX a imigração se concentra no eixo Rio – São Paulo.

 

O PRIMEIRO GRUPO DE IMIGRANTES

Os primeiros imigrantes a chegarem ao Brasil pós 1822 são motivados por muitos fatores, esse primeiro grupo é formado pelo homem, jovem, alfabetizado, que vai se estabelecer nas áreas litorâneas (perto dos portos) e nas cidades, e tem como fundamento básico conseguir uma poupança aqui no Brasil para poder se mostrar como bem sucedido em Portugal. Esse imigrante tinha como pensamento básico fazer sua poupança para no futuro ao retorno em Portugal poder desfrutar de uma vida melhor, por isso esse imigrante aceita geralmente qualquer emprego que fosse oferecido, mesmo os de baixo status, por que esses empregos ofereciam maiores salários que em Portugal.

 Havia muitos imigrantes com menos de 14 anos mais perante a lei se estabelecia na lei que para um jovem menor de 14 embarcar era necessário ele ter uma tutela, mais na pratica isso pouco se concretizou. Esses portugueses vão predominantemente trabalhar em atividades centradas no modo comercial, e de região para região eles vão ter características diferentes nessa área. Quando o português vem ele trouxe uma mudança no gosto do paladar brasileiro, muitos dos imigrantes que vão se alojar em São Paulo vão abrir padarias e confeitarias, e conforme seu negocio vai crescendo esse imigrante acaba por atrair mais imigrantes portugueses para trabalhar pra ele através das cartas de chamada, já no Rio de Janeiro esse grupo de imigrantes vão ser donos de pequenos investimentos comerciais, e vão construir sua imagem junto com armazéns, eles vão trabalhar desde vendedores de vassouras ambulantes, vendedores de tecido até de trabalhadores de “transporte” de cargas e pessoas através de suas carroças, carregadores nos portos e sapateiros.

 Esse primeiros ciclo de imigrantes portugueses sempre jovens são os mais persistentes, e vão atravessar varias épocas migratórias, esses jovens é razoável dizer que constituíam o grupo mais ambicioso que vinha com o objetivo e a vontade de enriquecer mais que os outros grupos, havia um protótipo desse primeiro grupo, ele era o rapaz que começaria como um ajudante, muitas vezes de caixeiro, aprenderia o negocio e ganhava a confiança do patrão, casava com a herdeira, e posteriormente se tornaria o dono do negocio, ou tomaria conta do negocio quando o patrão retornasse a Portugal. Essa forma de enriquecer era acompanhada também de um reconhecimento social. Essa ideia foi muito combatida pelos críticos da imigração que apontavam esses casos como exceção da exceção, e criticavam esses boatos por criaram uma imagem falsa de oportunidade, se bem que de certa maneira eles estão certos, pelo fato desses grande sucesso individual era pouco comum.

SEGUNDO GRUPO DE IMIGRANTES

Nesse segundo grupo os imigrantes portugueses são mais caracterizados por serem homens um pouco mais velhos do que os do primeiro grupo, alguns casados, esse fato de serem casados vão realizar verdadeiras confusões, muitos deixam a esposa em Portugal e somem quando estão no Brasil e acabam por se casar novamente com outras mulheres, quando a esposa saia de Portugal para tentar achar noticias do seu marido no Brasil se deparava ele com uma nova vida e com novas mulheres, realizam uma confusão na cidade que “fazia a festa”  dos jornais portugueses que não cansavam de noticiar casos dessa forma. A maioria dos portugueses desse grupo geralmente com experiência em alguma profissão, e que vinham para fazer uma boa poupança para depois de algum tempo retornarem para Portugal, a maioria desses imigrantes não são subsidiados e por isso não trazem a família.  Mais os imigrantes que decidem permanecer, tiveram duas trajetórias bem diferentes, uma delas pode ser justificada pelo fato de muitos não conseguirem realizar uma grande poupança e não conseguirem retornar a Portugal, já outros conseguiram se fixar e á ascender socialmente e economicamente de tal maneira que se tornava inviável pensar em um retorno á Portugal, e dentro desses grupos também temos os que se casão com brasileiras e “esquecem” de suas origens.

TERCEIRO GRUPO DE IMIGRANTES

No terceiro grupo as características são muito diferentes dos grupos anteriores, este grupo se caracteriza pela vinda de famílias portuguesas inteiras que por causa da crise econômica que se instaurou em Portugal viam a possibilidade de uma nova vida no Brasil, a decisão de partir com a família toda era uma forma drástica de responder a crise, era uma decisão de quem não via mais em Portugal oportunidades, e sem horizonte de regresso, caracterizada por ser uma emigração de crise, esses emigrantes em situação desesperada, distinguem-se dos que tinham bens e podiam escolher o momento da partida, esse emigrantes desesperados muitas vezes se entregavam nas mãos dos comandantes das embarcações, e quando atingiam o porto brasileiro ficavam aguardando algum patrão que pagasse a sua divida e colasse esse imigrante para trabalhar em sua lavoura.