Criar um Site Grátis Fantástico




Total de visitas: 637

O IMAGINÁRIO SOBRE A AMÉRICA

O IMAGINÁRIO SOBRE A AMÉRICA

O IMAGINÁRIO

“BRASIL A TERRA DA ABUNDÂNCIA”

POR QUE O BRASIL? “Vantagens e Desvantagens”

Hebbert S. Klein nos pergunta por que as pessoas migram? Se analisarmos de modo básico responderíamos que é pelo fato de que alguns fatores podem se combinar de uma grande atração e outra força de expulsão. Na maioria dos casos eles decidem abandonar suas terras por que ela não tem mais como os alimentar e nem o seus filhos, á outros casos que faz ocorrer a imigração por uma perseguição a sua nacionalidade, principalmente quando são minorias. Partindo dessa perspectiva três fatores são primordiais para decidir para onde imigrar: podemos destacar o acesso á terra/alimento, em segundo lugar o numero de membros que tem que ser alimentados, e em terceiro lugar o imaginário sobre esse lugar de abundancia que vai acolher esses “forasteiros”.

 Na Europa a terra era cara e a mão de obra barata, na América ocorria o inverso, principalmente no Brasil a mão de obra era cara e a terra abundante mesmo que esse imigrante não visse para ser dono de terras ele teria terra para produzir sua subsistência.

 O Brasil era visto no imaginário do camponês do norte de Portugal como um lugar com terras abundantes e com muitas oportunidades de enriquecer, e em momentos de crise esse imaginário ficava mais forte nas canções populares, e geralmente os imigrantes portugueses que não conseguiam se tornar bem sucedidos no Brasil procuravam ocultar dos seus conterrâneos sua derrota, fazendo com que as vozes que poderiam denunciar os problemas da imigração se calassem. A mesma língua, mesma religião os salários bem mais altos do que os pagos em Portugal para a mesma função são esses um dos elementos que faziam crescer o sonho de imigrar e enriquecer se “sentindo em casa” e com a oportunidade de se adaptar  mais facilmente a outra cultura.

 A escolha pelo Brasil era justificada muitas vezes pela presença de parentes e amigos já estabelecidos no país, alem disso o Brasil era um “país novo” cheio de oportunidades de subir na vida, mais oportunidades do que Portugal oferecia, mais os primeiros tempos no Brasil foram de grande ilusões, um imaginário muito forte que era construindo tendo por base relatos e informações que recebiam dos conterrâneos que ocultavam as dificuldades desse “novo País”. Entre as dificuldades uma das mais relatadas era o caos na cidades, muito imigrantes tinham dificuldade de se orientar e “sentiam-se ignorantes e por fora de tudo” relata um português da época, e começavam a superar esse trauma quando conseguiam o primeiro emprego, muitos portugueses “ocultavam” as dificuldades por julgarem que a vida era dura mesmo mais que o Brasil oferecia oportunidades de crescer e acumular capital para deixar de ser assalariado. Quando o português conseguia se estabelecer e se “encontrar” dentro da sociedade brasileira as relações com os brasileiros melhoravam, e muitas é a partir desse momento que os portugueses pensavam em permanecer no país, o português passava a ganhara mais respeito e ter um melhor ambiente para exercer seu trabalho.

 Para os europeus como um todo o termo “fazer America” significava ir para os Estados Unidos, os grupos de imigrantes viam muito mais atrativos nos Estados Unidos o que fazia com que se tornasse mais preferível ir para os Estados Unidos do que para o Brasil, por exemplo, a fertilidade do solo, um nível mais elevado de salário, o baixo custo de terra essencialmente, juntamente com a liberdade de religião e o serviço militar voluntário, já no Brasil e na Argentina vemos situações diferentes e não atraiam tanto pelo seu sistema de leis de terras, á grande hostilidade aos imigrantes, a falta de segurança e a intolerância religiosa. Alem do mais as condições de infraestrutura das terras brasileiras eram terríveis e as condições de trabalho eram sub humanas como descreveu Davatz, que mostrou a toda a Europa a situação do imigrante no Brasil , onde os trabalhadores eram constantemente feitos “prisioneiros”, roubados, moravam precariamente e sem acesso á atendimento médico e a escola para seus filhos.